Clichê. Mas é o que posso trazer de mais sincero hoje.
Preciso recomeçar.
Não sei como ainda. Me pego adiando, por isso.
Encerrei ciclos. E me resetei.
Mas ainda há um grito soterrado dentro de mim.
Pedindo socorro.
Talvez eu finja ser um sussurro.
Para abafá-lo.
E o sufoco a cada negativa.
Preciso ir. E deixar ficar.
Permanecer.
Preciso ouvir.
E deixar ficar.
E eis que me pego dizendo em mim, eu que sempre falei no se, no si.
Mudamos as roupagens à medida que crescemos.
Pois certas medidas não nos cabem mais. E sufocam.
E viram mais um clichê.
Na banalidade da vida.
Que é essa banalidade.
E esse clichê.
Preciso ir.
E deixar ficar.
Maysa Sales