Um jogo chamado V.I.D.A.
Em que você tem dia e hora marcadas para entrar
Num dia de sol de primavera, ou num dia chuvoso de inverno.
Tanto faz. Esses mesmos dias se repetirão durante todo o jogo
E terás a oportunidade de contemplar (ou não) cada um deles
Os dias de sol se repetem constantemente, mesmo que você não perceba...
Se repete naquele dia em que vc acorda e percebe que tem ao seu lado
as melhores pessoas do mundo, que te apoiam e te admiram.
Naquele dia em que você é promovido a um cargo tão esperado, ou
é aprovado em um certame com o qual tanto sonhara
E naquele em que você recebe um presente inesperado, de uma pessoa inesperada
Ou quando você encontra alguém que tem os mesmos gostos que os seus,
que fala de besteiras e ri delas como você...
E tantos e tantos e tantos outros dias de sol que se escondem por trás de um céu nublado
Mas eis que surge um desatino. Chuva
No dia em que você acorda atrasado, perde o ônibus, é assaltado
Ainda naquele que se perde (pra sempre) as pessoas que mais ama...
e também naquele em que você vê sofrer quem tanto te fez e faz bem
Dia de nuvens sobrecarregadas
pelo fardo, pela dor, pela desilusão
E escondendo o sol...
Sim, ela está pesada justamente para não deixar os raios penetrarem a terra...
Não, ela quer ser unicamente o centro da atenção, suscitar dúvidas nos corações ansiosos por um brilho solar
E quem disse que também não há aqueles ansiosos para que ela se descarregue simplesmente para contemplar o orvalho, a neblina, as gotas caindo como num ritual de um coro, sôfrego e alegre?
Quem foi que disse que não há beleza no chover, no descarregar-se?
Chove, chuva, e molhe toda essa terra. Faça brotar as mais lindas flores e frutos
Mas não se demore muito, porque elas também precisam de calor.
Maysa Sales