quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Cit[ação]
Madame Bovary, Flaubert.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Rascunho
Maysa Sales
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Incerto
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Perder
de conquistas, de crescimento e, infelizmente, às vezes, são de perdas.
Mas que perdas? Há aquelas perdas de tempo, principalmente.
Entre brigas desnecessárias, ciúmes também desnecessários. Perdas de noites que poderiam ser de carinho, de amor e que acabam sendo noites de solidão, solidão por causa do orgulho, por causa de discussões, geralmente, irrelevantes.
Perdas de beijos apaixonados, de abraços apertados, de carinhos desconsertados...
Perdas de passeios simples, como ir a uma sorveteria e lambuzar a outra pessoa de sorvete, andar a pé na chuva, ir à padaria de mãos dadas, invejando aqueles que não podem fazer o mesmo, porque não têm um amor.
Perdas de telefonemas às 6h da manhã, às 02h, não importa, só para lembrar a pessoa de quanto você a ama e de quanto ela é imensuravelmente especial em sua vida.
Perdas de cartas, bilhetes, mensagens, e-mails, um recado dizendo coisas simples, bobas, banais, mas que são capazes de demonstrar que você 'perdeu' alguns minutos pensando naquela pessoa.
Quantas, quantas perdas... Quantas vezes a incompreensão e a falta de luz para enxergar o que a pessoa verdadeiramente está sentindo...
Quantas vezes se perde tempo mentindo, fazendo o outro perder a confiança.
O tempo passa. A vida passa. E somos reflexos do ontem. Devemos olhar adiante "com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança", mas somos sobrecarregados pelo fardo. O fardo da perda de fé e de esperança.
Maysa Sales
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Invisível
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Silêncio... sim
que quer dizer palavras
ou bater palmas
pras performances do acaso
sou um rio de palavras
peço um minuto de silêncios
pausas valsas calmas penadas
e um pouco de esquecimento
apenas um e eu posso deixar o espaço
e estrelar este teatro
que se chama tempo
(Paulo Leminski)
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Bodas de um então
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Incompleto
Maysa Sales
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Breve o Dia
domingo, 28 de agosto de 2011
Quase ritmo
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Branco
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Um sopro, ou um vulcão
E, de repente, um vulcão se forma...
A tudo destruiu, não com a força que jamais lhe pertencera, mas com a força que, finalmente, conquistara.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Quantas vezes eu assassinei o amor?
O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa.
Morre porque o matamos ou o deixamos morrer.
Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença.
Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia.
Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados.
O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos.
Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.
O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida.
O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada.
Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro acidente. Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos.
No mínimo, merecia ser incriminado por omissão.
Mas talvez eu tenha matado meus amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os amantes, com aparência inofensiva de balconista. Fiz da dor uma alegria quando não restava alegria.
Mato; não confesso e repito os rituais. Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço que foi um pesadelo. Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não houve testemunhas.
Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas.
Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade.
O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.
O amor é sempre assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos saber o que fizemos antes com ela.
terça-feira, 14 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Cosaronhos
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Ombros largos e fortes
sábado, 7 de maio de 2011
O tempo passa, e você fica
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Purpuralma
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Restos
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Outrora, beleza
domingo, 10 de abril de 2011
Viverei fugindo, mas vivo a valer
Fernando Pessoa
sexta-feira, 1 de abril de 2011
In-vida
sábado, 19 de março de 2011
Isso e mais um pouco
Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.
Caio Fernando Abreu
sábado, 12 de março de 2011
Poema escondido
quarta-feira, 9 de março de 2011
Canção Excêntrica - Cecília Meireles
Ando à procura de espaço |
domingo, 27 de fevereiro de 2011
No princípio era o verbo
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Quero-quero
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Nem um, nem outro
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Here I am, Majesty
Your grace has found me just as I am, empty handed but alive in Your hands
Forever I am changed by Your love. Here I stand… Knowing that I’m Your desire, sanctified by glory and fire…
Confiar em Deus que está sempre, sempre, sempre de braços abertos a nos acolher...
Senhor da Glória, cubra-nos sempre com o seu amor e Sua infinita misericórdia e Nos ajude a sempre ter fé, esperança e amor em todos os momentos de nossas vidas...
Obrigada, Senhor, por nunca nos desamparar. Mesmo que às vezes seja tão difícil entender seus propósitos, ou até mesmo difícil de aceitar, perdoa-nos por não saber esperar unicamente em Ti.
Glórias e louvores a Ti, ó Pai, Filho e Espírito Santo! E Interceda por nós, Maria Santíssima.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Saudade descompassada
domingo, 30 de janeiro de 2011
Serás querubim
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Talvez, Suficiente
Temor a Deus suficiente para amá-Lo sobre todas as coisas.
Felicidade, carisma e simpatia suficientes para tornar a rotina menos massacrante.
Compaixão, caridade, solidariedade suficientes para poder ajudar o irmão.
E desejar menos. Menos tristeza, menos tormentos, menos desespero, menos dúvida, menos solidão.
E, acima de tudo, discernimento para ponderar as medidas de todas as doses de sentimentos aos quais somos submetidos.
Jamais perder a fé, em Deus e na vida, pois é preciso força para lutar no dia a dia.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Ambulante e estático
Deixe-me com meus pensamentos mirabolantes
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Do mesmo
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Acabou indo embora, cedo demais
Maysa Sales